sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Em 2010, construção civil deve crescer 10% em Maringá

A média no Brasil será de 8%. Segundo o presidente do Sinduscon, Marcos Mauro Moreira, os grandes desafios do setor são a falta e o custo da mão de obra. Ele aponta que faltam profissionais. Por isso, o custo subiu consideravelmente. Moreira lembra que, no passado, a mão de obra representava 40% do custo de uma obra. Hoje, em alguns casos, chega a 60%.

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Exigências de edital ainda preocupam consórcio

São Paulo, SP - segunda-feira, 01 de fevereiro de 2010

O consórcio formado por Mitsui, Toshiba, Hitachi e Mitsubishi ainda vê muitos riscos no edital do trem de alta velocidade (TAV), mas diz ter experiência e motivos tecnológicos para acreditar que o modelo japonês seja o melhor para o Brasil. Eles desenvolveram um sistema de tração que reduz a possibilidade de acidentes e aumentaria a velocidade do trem-bala nas subidas e descidas no trecho carioca do trem-bala. "A Serra das Araras implica alta dificuldade ao projeto e a eficiência da tração terá impacto direto no seu custo", diz Kazuhisa Ota, chefe da equipe que projeta o TAV na Mitsui.
Embora o consórcio ainda não tenha fechado acordo com uma das grandes empreiteiras brasileiras, que serão responsáveis pela construção civil - grande parte dos R$ 34,6 bilhões de orçamento do TAV -, o shinkansen é visto como referência tecnológica indiscutível pelo governo brasileiro. Mas, para o consórcio, as exigências do edital brasileiro são pouco restritivas e mais adequadas aos padrões europeus.
Segundo os representantes do consórcio, os japoneses são capazes de fazer túneis 28% menores do que os europeus, o que reduziria custos - o edital prevê cerca de 90 quilômetros de túneis. A velocidade do shinkansen poderia chegar a 300 km/h, dependendo das leis nacionais. No Japão, a velocidade é limitada por normas que preveem um teto para o volume de emissão sonora do trem-bala. Mesmo levando em conta a lei japonesa, o consórcio considera razoável o limite de tempo de 1h33 estabelecido para a viagem entre São Paulo e Rio.
O peso menor do modelo japonês é outra vantagem, na avaliação do consórcio, porque implica menor gasto de energia e de manutenção periódica dos trilhos. Outro ponto forte do trem japonês é a pontualidade. O atraso dos trens é de menos de um minuto, na média anual. Em 45 anos de operação do trem-bala no Japão, não foi registrado nenhum acidente com vítimas.
No consórcio, a Mitsubishi ficaria com a gestão do TAV, a Toshiba com a alimentação elétrica do sistema, a Hitachi construiria o material rodante e a Mitsui faria o papel comercial e financeiro. A tarefa mais difícil do grupo é levantar apoio financeiro, porque essa é uma variável fundamental para escolha do vencedor. O ministro do Território, Infraestrutura e Transporte do Japão, Seiji Maehara, afirmou que o governo japonês fará grande esforço para que as suas empresas ganhem a concorrência do TAV no Brasil .(DF)

A PEC dos Precatórios e a transferência do calote

São Paulo, SP - segunda-feira, 01 de fevereiro de 2010

Em janeiro de 2005, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, à época presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou o esboço de uma proposta de emenda à Constituição Federal que passou a ser chamada de "PEC dos Precatórios". Foram cinco anos de discussões na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e um intenso bombardeio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que logo apelidou o projeto de "PEC do Calote".
As críticas ficaram restritas à OAB e às entidades que representam magistrados. Em 6 de maio do ano passado, por exemplo, o Movimento dos Advogados em Defesa dos Credores Alimentares (Madeca) fez um ato público com direito a caminhão de som em frente ao Congresso Nacional em Brasília. Ali estavam juízes, advogados e servidores do Poder Judiciário. Mas nenhuma entidade sindical e tampouco patronal. Nenhum representante de empreiteiras, credoras de boa parte do estoque de precatórios não-alimentares, que resultam de desapropriações ou de ações judiciais abertas contra o calote dos governos em obras públicas, apareceu. E nenhum representante de servidores dos poderes executivos, que há tantos anos aguardam que Estados e municípios quitem seus precatórios alimentares, gerados por ações judiciais de cobrança de salários e benefícios não pagos, esteve por lá.
A ausência do poder econômico em uma discussão desse porte - que, no apagar das luzes, diz muito mais respeito às finanças públicas do que a questões meramente jurídicas - se fez sentir. O Senado aprovou a PEC no fim do ano legislativo num rito no mínimo discutível, que está, inclusive, sendo contestado em uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo. Pela manhã do dia 2 de dezembro de 2009, a emenda à Lei Maior foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na noite daquele mesmo dia, o plenário bateu o martelo e transformou a proposta em lei. Por um acordo entre os líderes dos partidos, os cinco dias úteis necessários entre o primeiro e o segundo turno de votação de uma emenda no Senado foram surrupiados e a mudança em nossa Constituição, sancionada uma semana depois, entrou em vigor.
Não se pode dizer que foi uma surpresa. Cinco anos de tramitação teriam sido suficientes para que o debate econômico em torno de um tema tão caro ao país como o é sua dívida pública tivesse sido posto à mesa de negociações. Tímida e tardiamente, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) pôs as mãos na massa e encomendou um estudo à consultoria LCA Soluções Estratégicas de Economia, apresentado ao Senado apenas em junho do ano passado e automaticamente jogado em um canto qualquer.
Bem mais eficientes foram os governadores e prefeitos, que, de forma organizada, se mobilizaram pela aprovação do regime especial de pagamento de precatórios, que prevê limites da receita corrente líquida dos Estados e municípios para o pagamento das dívidas, altera a remuneração dos valores devidos e permite que parte dos títulos sejam leiloados. A pressão dos governadores e prefeitos chegou a levar o relator da PEC, Valdir Raupp (PMDB-RO), a deixar a relatoria. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), encabeçou o movimento, e com razão: a despesa do município com o pagamento de precatórios vai cair de R$ 2,17 bilhões para R$ 450 milhões no orçamento deste ano. Os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, foram representados diretamente pelos seus secretários estaduais da Fazenda nas negociações da PEC no Senado.
Enquanto a OAB tentava, sozinha, barrar o andamento da PEC com argumentos jurídicos - como o respeito à ordem cronológica dos pagamentos e à chamada "coisa julgada", que prevê que a lei não pode prejudicar uma decisão judicial definitiva -, governadores e prefeitos apresentavam números. E os números saíram vencedores. No segundo turno, a proposta teve aprovação quase unânime, com 54 votos favoráveis e apenas dois contrários. Um deles, do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que manifestou seu voto pelo fato de "o seu partido e as centrais sindicais e sindicatos ligados a ele terem dúvidas sobre o texto da PEC".
"Nós caímos em uma armadilha de que esse seria um problema jurídico", admite o presidente da Comissão de Precatórios da OAB de São Paulo. "E não é. É um problema de finanças públicas." Cabe aqui o dito popular: teria sido melhor prevenir do que remediar. Mas diante da falta absoluta de ação na esfera e no prazo certo, agora o meio corporativo se mobiliza para retomar a discussão sobre as alternativas possíveis para a quitação das dívidas de Estados e municípios. Na tarde de hoje a Fiesp receberá seus associados para debater uma proposta apresentada pelo seu departamento da indústria da construção. O setor, que esteve ausente das negociações em torno da PEC no Congresso - não é de hoje que empreiteira não compra briga com governo, porque é ele que gera boa parte de sua receita - agora apela a soluções de mercado para encontrar uma alternativa que evite que seus créditos, quando finalmente chegarem ao seu bolso, venham pela metade.
Curiosamente, a proposta apresentada transfere o problema ao governo federal, o único Poder Executivo do país em dia com o pagamento de seus precatórios. A Fiesp propõe que os credores troquem os precatórios por papéis de dívida de mercado, com vencimento em 20 ou 30 anos, e que a União seja a fiadora dos Estados e municípios devedores. Esses títulos poderiam ser usados em privatizações, subscrições de ações em projetos como o pré-sal, fundos de infraestrutura e até mesmo pagamento de prestações da casa própria - já circula inclusive uma proposta para que a Caixa Econômica Federal (CEF) aceite precatórios como pagamento de financiamentos dentro do programa Minha Casa Minha Vida.
Qualquer uma das ideias não passa de uma federalização das dívidas dos Estados e municípios, seja direta ou indiretamente. O mais curioso, no entanto, é que propostas de cunho econômico como essas tenham sido apresentadas ao Supremo junto com os argumentos jurídicos que sustentam a Adin contra a Emenda Constitucional nº 62 impetrada pela OAB, como se a instância judicial fosse a via para a discussão de contrapropostas a leis consideradas inconstitucionais.
Cristine Prestes é repórter especial. O titular da coluna, Fábio Wanderley Reis, não escreve hoje excepcionalmente

E-mail: cristine.prestes@valor.com.br

Com juros em baixa, imóvel cresce e reaparece

Rio de Janeiro, RJ - segunda-feira, 01 de fevereiro de 2010

Sem opção de risco baixo e ganho alto nos fundos, investidor aplica em apartamentos e salas comerciais, e preços sobem até 82%
Felipe Frisch

A queda da taxa básica de juros, a Selic, que remunera os fundos DI e de renda fixa, para o atual patamar, de 8,75% ao ano, provocou um fenômeno no mercado imobiliário do Rio nos últimos meses. Sem alternativas de investimento de baixo risco e com rentabilidade elevada como no passado, os preços dos imóveis em toda a cidade explodiram. Especialmente em bairros como Copacabana, onde os apartamentos de quarto e sala subiram 48,08% de janeiro do ano passado para hoje.
Com isso, segundo dados do Sindicato da Habitação (SecoviRio), saíram de uma média de R$ 171 mil para R$ 254 mil no bairro. Os de dois quartos, típicos de compra para investimento - por serem mais fáceis de alugar -, que valiam R$ 284 mil em média, passaram a cerca de R$ 390 mil, uma alta de 21,28% de um ano para o outro. Na Tijuca, o apartamento de dois quartos teve valorização de 81,95% no mesmo período, tendo saído de R$ 113 mil para R$ 206 mil. O quarto-e-sala se valorizou menos, 28,94%, mas ainda uma rentabilidade superior à de muitas aplicações financeiras. Em especial as de renda fixa.
Em 2009, ano que a Selic começou em 13,75% anuais, os fundos DI, que acompanham a taxa básica, tiveram rentabilidade de 10,21% sem descontar o Imposto de Renda (IR). Considerando um tributo de 20% (para quem investe por seis meses a um ano), a rentabilidade cairia para cerca de 8,17%, podendo ser bem menor, a depender da taxa de administração cobrada pelo fundo.
Algumas carteiras chegaram até a perder da poupança, com rentabilidade de 6,72% em 2009 e sem incidência de IR. Já as carteiras de renda fixa renderam 10,48%, ou 8,38% sem o IR de 20% e considerando baixos encargos, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Com a Selic a 8,75% ao ano, esses fundos devem passar a render cerca de 6% ao ano apenas.

Associação: áreas de bairros são beneficiadas com UPPs
Os imóveis tiveram uma valorização muito superior. Os de quarto e sala que menos se valorizaram, em Ipanema, passaram a valer 16,14% a mais. Nos de sala e dois quartos, a menor valorização foi de 9,50%, em Laranjeiras.
O diretor de Locações da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), Carlos Samuel de Oliveira Freitas, avalia que alguns bairros, como Botafogo e partes de Ipanema e Copacabana, foram especialmente beneficiados no último ano pela implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), a ocupação de favelas pela Polícia Militar. A iniciativa nitidamente valorizou os imóveis. Em Botafogo, os apartamentos de um quarto passaram a valer, em média, 29,08% a mais.
Mas o movimento foi tão forte que não houve um bairro entre os analisados - os principais para investimento - que não tenha obtido valorização.
Normalmente, de um ano para outro, há regiões que se valorizam e outras não, ainda que o saldo seja positivo. Segundo corretores, as buscas têm se intensificado por pessoas que não querem ficar com o dinheiro "parado" em fundos com rentabilidade de 0,50% ao mês ou inferior. E o imóvel reaparece como alternativa de investimento - para reformar e revender com lucro ou alugar - ou mesmo para moradia.
Ainda há espaço para valorização, diz especialista
Paula Moura, administradora do site de móveis usados contemporâneos Gávea Garage, encontrase na primeira situação. Ela quer comprar uma sala comercial na Zona Sul para receber como rendimento o aluguel e avalia que, nos últimos cinco anos, os imóveis em alguns bairros dobraram de preço, boa parte desse movimento tendo sido concentrada no último ano, quando ela começou a procurar com o marido, publicitário.
- Está tudo muito mais caro hoje. Estamos com dificuldade para achar. Subiu bastante, e os imóveis comerciais estão se valorizando quase a mesma coisa que os residenciais em bairros como o Leblon - diz Paula, que está desistindo dos investimentos de renda fixa e da parcela que estava em ações para comprar este imóvel, sob recomendação de amigos do próprio mercado financeiro.
O diretor de Desenvolvimento de Projetos da incorporadora NEP, Cyro Fidalgo, diz que "nitidamente houve um maior volume de compras do meio do ano passado para cá", num movimento que começou com pessoas procurando nos imóveis um porto seguro em meio à crise financeira.
O administrador de investimentos Fabio Colombo considera a busca por imóveis "natural" com a queda, principalmente, dos juros reais (descontada a inflação).
Mas avalia que outro fator favorável é a melhora do cenário econômico - e a consequente volta do crescimento -, o que deve estimular as pessoas a entrarem em financiamentos para compra da casa própria ou de imóvel para investir.
- O déficit de moradia ainda é grande. Não adianta só o investidor comprar se não tiver quem alugue ou compre o imóvel depois - diz Colombo, que avalia que ainda há espaço para valorização, especialmente de imóveis para as classes C, D e E.
Além da valorização do próprio imóvel, quem compra um apartamento ou uma sala para investir está preocupado com o valor do aluguel, claro. O vicepresidente de Assuntos Condominiais do Secovi-Rio, Leonardo Schneider, estima que o rendimento mensal dos imóveis residenciais fique entre 0,3% e 0,6%, enquanto nos comerciais é considerada boa rentabilidade algo entre 0,7% e 0,9% ao mês. Nos dois casos, a rentabilidade é melhor nos imóveis menores, mais procurados também por quem quer habitá-los. n
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Loja de material de construção aposta na prorrogação do IPI

Segunda-feira, 01 de fevereiro de 2010

SÃO PAULO - Diferentemente de outros setores como o de linha branca e de automóveis, que não devem ter incentivos fiscais renovados, o varejo de material de construção deve aproveitar a redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) até o dia 30 de junho e a previsão é de que possa ser prorrogada mais uma vez. A expectativa é que o governo continue a estimular a construção civil este ano, setor que será beneficiado ainda pelo programa "Minha Casa Minha Vida" e pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com o cenário positivo, grandes redes como Saint-Gobain Distribuição (Telhanorte, Center Líder e Pro Telhanorte), Dicico e C&C-Casa & Construção ainda devem aproveitar para consolidar seus crescimentos.
Segundo Marcelo Rosse, diretor de Mercadorias e de Marketing de Produtos da Saint-Gobain, é preciso um prazo maior para que o setor aproveite a redução, já que possui um perfil de compra diferente de outros segmentos: "A redução do IPI não teve o mesmo impacto no nosso setor porque a decisão de fazer uma reforma é muito mais pensada, é de longo prazo, é mais fácil tomar a decisão de comprar uma TV ou um carro, mas mesmo assim é muito importante que continue, até psicologicamente. Apoiamos a manutenção", reforça o diretor.
A rede ainda aproveita o incentivo como apelo para campanhas de marketing, sendo que começará uma nova campanha esta semana, chamada de "Reforma Brasil": "Estamos aproveitando o gancho e a aura da Copa do Mundo para motivarem as pessoas a fazerem suas reformas agora", afirma.
Com isso e com a expectativa de maturação das lojas abertas em 2009, a rede espera crescimento de dois dígitos e maior do que no ano passado. No ano anterior, a Saint-Gobain comprou a rede Center Líder, com dez unidades, e abriu mais cinco lojas da Telhanorte, chegando a 41 pontos-de-venda.
Das 10 lojas Center Líder, bandeira que será destinada para atingir a classe C, ainda foram convertidas quatro em Telhanorte, voltadas para classe A e B, sendo que quer consolidar a aquisição esse ano e otimizar sua logística, com intenção de abrir até um novo centro de distribuição em Guarulhos, Grande São Paulo.
A rede Dicico afirma que a redução do IPI beneficiou a economia como um todo e não "comprou" a crise econômica, investindo e oferecendo redução de preços até antes do incentivo ter sido confirmado no setor no ano passado, aproveitando para fazer mais campanhas na mídia. Este ano, a rede quer atingir a marca de R$ 1 bilhão de faturamento, frente a cerca de R$ 750 milhões de 2009, o que representou um crescimento de 22% sobre 2008.
Segundo afirmou Cláudio Fortuna, diretor de Marketing da rede, a intenção é abrir 12 lojas, com investimento total de cerca de R$ 60 milhões. "O compromisso da Dicico é ir mais longe esse ano. Reforçamos a empresa para isso investindo em pessoas, logística e informática, mesmo com o clima de incerteza do ano passado", afirmou o diretor.
A empresa ampliou recentemente em 10 mil metros quadrados o seu centro de distribuição em São Paulo, além de instalar avançados softwares no local, o que prepara a rede até para uma possível expansão fora do Estado de São Paulo, onde ainda estão todas as suas lojas.
A Dicico ainda diz explorar sua expansão em locais em que seus concorrentes não estão, em bairros mais distantes, atendendo principalmente o público das classes B e C. Segundo Fortuna, a empresa tem caixa próprio para continuar os investimentos e expansão acelerada, mas mantém o interesse manifestado no ano passado de realizar uma parceria com algum fundo de investimentos, por exemplo, vendendo parte da empresa. "É uma tendência do mercado, não abandonamos os planos, existem propostas e estamos sempre abertos a conversas", explica o executivo.
Para a C&C-Casa & Construção, apesar de em outros setores o IPI menor ter estimulado até mais, o clima é de otimismo e pode levar as pessoas até a anteciparem suas obras e reformas, com a expectativa de crescer mais este ano. Segundo Mauro Florio, diretor de Marketing da rede, a companhia está com 40 unidades e em expansão, mas sempre a procura das melhores oportunidades para aberturas, principalmente ainda nos mercados dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, apesar de também ter lojas no Paraná e em Minas Gerais. No ano passado abriu dois home centers, ritmo que tem mantido recentemente.
O diretor ainda afirma que a empresa aproveita o apelo do incentivo fiscal na suas propagandas, mas já realiza ofertas toda semana e aposta ainda nas suas condições de pagamento para atrair mais consumidores. A C&C também realizou uma parceria há três meses com o Banco Itaú, para lançar um novo cartão da rede. "Substituímos pelo nosso antigo cartão próprio e já estamos indo muito bem", diz.